Vilarinho da Furna, Agosto / 1979 - Incrível

Vilarinho da Furna, Agosto / 1979 - Incrível

Vilarinho da Furna, Agosto / 1979 – Incrível

Vilarinho da Furna, Agosto / 1979

Mais uma interessante partilha feita por um dos membros do grupo PNPGerês

Texto e fotografias partilhadas por Antonio MBaptista

“Menos de 10 anos após o lamentável e sempre chorado afundamento da aldeia de Vilarinho da Furna, o rio Homem era completamente esvaziado, permitindo observar uma aldeia tornada fantasma, a sua formidável veiga na margem direita do Homem, agora inútil, retalhada por uma infinidade de muros, ainda completos, de seixos rolados (localmente chamados de jógas ou cóios) amontoados sem qualquer argamassa, criando uma geometria que só a perspectiva de um drone teria então captado em toda a sua beleza.

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Agora que se vão “comemorar” os 50 anos do desaparecimento de Vilarinho da Furna, recordo nestas imagens o primeiro levantamento fotográfico que fiz deste sítio, que se tornara um ícone nos estudos da nossa etnografia após a publicação do livro de Jorge Dias, “Vilarinho da Furna, uma aldeia comunitária”, Porto, 1948, que constituíra a sua tese de doutoramento em Volkskunde, na Universidade de Munique, que assim era revista e actualizada para a língua portuguesa. Uma obra ainda hoje de grande actualidade (entretanto reeditada), ilustrada pelos desenhos do talentoso Fernando Galhano.

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As casas de Vilarinho da Furna, que nesta imagem estavam já completamente destelhadas, a lembrarem um povoado da arqueologia clássica do Médio Oriente, seriam já nos anos 80 ainda mais desmanteladas pelo reaproveitamento de muitas das suas pedras, impecavelmente talhadas, que foram levadas para a construção do museu de Vilarinho, que hoje pode ser visitado junto à Porta do PNPG, de Terras de Bouro..

Não deixa de ser irónico que na comemoração que ora se faz do cinquentenário da criação do PNPG, se “comemorem” simultaneamente os 50 anos do desaparecimento de um dos seus mais emblemáticos povoados, como era a aldeia “comunitária” de Vilarinho da Furna.

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A última imagem é talvez a mais simbólica, pois é sintomática da morte da aldeia. É o carneiro tumulário deixado no antigo cemitério de Vilarinho, de onde todos os mortos tinham, entretanto, sido retirados…”

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Se quiser espreitar a partilha A Geira Romana basta clicar na fotografia abaixo

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Se quiser espreitar a partilha Várzea basta clicar na fotografia abaixo

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PNP Gerês

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