“Antigamente quando um casal estava preste a casar-se, era necessário que o homem, comprometido com tal compromisso, fosse, só, à serra, no início da primavera, buscar lã para ofertar à futura esposa (ainda donzela) a flor da erva do algodão (Eriophorum angustifolium), uma flor alvíssima muito sedosa, alada, considerada por todos uma relíquia sagrada, muito poderosa, uma dádiva da montanha. Está flor profícua à mulher terá muito a ver com a sua condição feminina, onde a pureza assume um papel sagrado muito preponderante – são juramentos eternos. Existem locais na Serra que, a sua denominação, lembra este antigo ritual, é o caso, por exemplo, de Pradolã, em Fafião.”
Tude de Sousa, no seu livro “Gerez – Notas Etnográficas, Arqueológicas e Históricas”
“(…)Para o estadio em cada curral tem o pastor, como já dissemos, o seu fôrno, ou cabana, onde se recolhe e abriga. São construções tôscas, ligeiras, de pedras sêcas, mal dispostas geralmente, umas revestidas e outras não de torrões, tapando os intervalos. Cobertas umas de telhas redondas, à portuguesa; cobertas outras de torrão, guarnecendo pedras largas e delgadas.
As suas dimensões e capacidade não são grandes: 2 a 2,50 metros de alto, por 2,50 e 3 metros de comprido, com as portas baixas, por onde o homem passe curvado e por elas não entre o gado. Três a seis, ou oito pessoas, é o máximo que nelas caberão.
A cobertura de uns fornos é redonda, aguçada; a de outros com armação em duas águas.
O pavimento coberto de fetos ou mato meúdo para amaciar a dormida e junto da porta, do lado de fora, em muitos formos, a pia, ou pias, cavadas na rocha firme, ou móveis, para a comida e bebida do cão, inseparável companheiro e amigo da montanha. A porta de serventia, única, tapada apenas por alguns gravetos de mato ou ramaria, indicadores só de uma linha de respeito.
O travejamento é tôsco, como a construção em que se emprega, e fornecido sempre pelos carvalhos mais próximos, que os há com fartura na serra, brotando e crescendo com espontânea pujança naquele solo abençoado.
Esta habitação e os costumes que descritos ficam, são mais ou menos comuns a todos os povos da serra, e não só so de Vilar da Veiga, pelo que, a não ser com alguma variação , se encontra nos homens e nos usos de Rio Caldo, de Covide, de S. João do Campo e Vilarinho, de Cabril e de Pitões e por aí fora, até termos de Suajo e Londodo, por um lado; até termos de Barroso e Montalegre, pelo outro. “(…)
Depois do pequeno resumo vamos deixando algumas fotografias das existentes por todo o Parque Nacional
Aqui fica uma fotografia desta magnífica parede como nós gostamos de lhe chamar
Traga consigo o lixo que fez durante o percurso e coloque-o num local adequado (um contentor ou um ecoponto). O lixo, principalmente o plástico, pode ser ingerido por animais, causando-lhes a morte. Não abandone os resíduos. Recicle, evitando assim o desperdício de matérias primas e a destruição de áreas naturais.
Os percursos deverão ser utilizados por pequenos grupos de cada vez, o excesso de visitantes pode causar a erosão dos mesmos e a destruição da vegetação
Apresentação do Livro “Soajo: O Pão que a Serra amassou”
“Um magnífico documento da autoria do Antonio Neto.. a beleza, história e a riqueza cultural da Serra de Soajo através da lente do nosso maior “reporter”…. Uma referência e exemplo para nós..”
As áreas protegidas não são jardins zoológicos, pelo que os animais escondem-se das pessoas. Para poder tirar o máximo partido da sua experiência e observar os animais, caminhe em silêncio e não saia do trilho.
Ainda temos muitos dias, mas a descida também é longa
Para quem gosta de saltar consideramos este o melhor poço para o efeito
Tenham sempre muita atenção dos perigos existentes nestes paraísos, como piso escorregadio
Em caso de ser necessária ajuda ela é bastante demorada
Cuidado, de ano para ano o interior dos poços muda
Para espreitar alguns poços já partilhados basta clicar nas fotografias abaixo
Tome precauções especiais quando caminha em zonas húmidas e rochosas, para evitar quedas, e não pratique atos que possam colocar em risco a sua segurança e a dos outros. Não saia dos percursos/trilhos e caminhos existentes
O nome do Parque Nacional esconde uma das serras mais bonitas existentes por lá
Da forma a mostrar ao país e ao mundo a beleza desta serra todas as semanas vamos partilhar uma fotografia retirada da página do Facebock que um grupo de amigos e habitantes de Soajo criaram para dar a conhecer a mesma, mas também a proteger
Fazem parte dela e ela faz parte deles
Deixamos ainda mais algumas fotografias já partilhadas anteriormente
Para espreitar alguns artigos já partilhados basta clicar nas fotografias abaixo